Projeto EcoAtivos, do programa Criança e Consumo, formou 188 participantes e 98% têm intenção de criar projetos escolares
Com a proposta de multiplicar projetos escolares para a sustentabilidade no município, o projeto EcoAtivos, do Programa Criança e Consumo do Instituto Alana, envolveu mais 188 participantes, entre professores, coordenadores pedagógicos e diretores, e 25 técnicos da Secretaria Municipal de Educação, desta vez no município de Novo Hamburgo, no Rio Grande de Sul. A formação presencial do projeto aconteceu em 22 e 23 de março de 2018, na Universidade FEEVALE e, de forma positiva, 100% dos participantes avaliaram os dez momentos que estruturam a formação, como tendo alta e média relevância para a escola.
Ao todo, estão envolvidas com o projeto 35 escolas da rede municipal ou 67,3% de todas as escolas municipais, o que representa até 12.721 alunos. Desse universo, 7.942 pertencem ao ensino fundamental, foco das ações do EcoAtivos, e em torno de 23.826 pessoas serão atingidos pelas ações se considerados os familiares dos alunos.
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A boa notícia é que quase metade dos participantes já desenvolve projetos de educação ambiental e, segundo Mônica Pilz Borba, coordenadora pedagógica do projeto, o EcoAtivos irá qualifica-los ainda mais. “Já existe um percurso nesse sentido dentro da rede, muitos docentes têm mestrado e doutorado em educação ambiental, o que é raro frente à realidade da formação de professores no Brasil”, diz.
A fala dos participantes durante a etapa de planejamento da Flor da Cultura da Sustentabilidade – metodologia do projeto – mostrou-se aprofundada e permitiu a compreensão das inter-relações dos temas, seus problemas e soluções e interação entre as pessoas. Todos receberam o manual de formação on-line, materiais pedagógicos e assistiram ao documentário Criança a Alma do Negócio”.
Segundo a avaliação final, participantes reforçaram que “é preciso contribuir para criação novos de hábitos e atitudes da comunidade escolar, que levem à diminuição da degradação ambiental”, assim como “a importância de ensinar os alunos a terem uma alimentação saudável”.
De fato, a preocupação com a segurança alimentar mostrou-se um tema a ser explorado pelas educadoras, que destacaram a resistência, comodidade e falta de espaço e investimento neste campo. Ainda não existe consenso em relação a postura que a escola toma em relação aos alimentos não saudáveis e muitas professoras acabam permitindo o todinho ou o bolinho industrializado, além de haver desperdício de alimentos. Porém, muitos destacaram que a qualidade dos alimentos que chegam às cozinhas e são oferecidos aos alunos é ótima, com muita diversidade de frutas e verduras, sendo praticamente consumida a produção local e boa parte orgânica.
Entre as propostas, estiveram: conhecer melhor os alimentos e suas características para mudança de hábitos, envolvendo necessariamente a família e todos os professores, bem como potencializar a experimentação de novos alimentos e sabores, ampliando o paladar.