Escolas públicas de todas as regiões do país serão incentivadas a criar projetos sobre os temas
Com o foco no fortalecimento da comunidade escolar para uma nova cultura de sustentabilidade local, o novo projeto EcoAtivos, do Instituto Alana, é uma importante oportunidade de trabalhar o tema ambiental onde ocorre a construção do conhecimento humano, dentro do ambiente da escola. A iniciativa do programa Criança e Consumo aproxima ainda mais a formação da consciência sobre os malefícios da publicidade voltada ao consumismo e o debate sobre a degradação ambiental.
Este diferencial soma-se à escalabilidade do projeto em escolas públicas de todas as regiões do país, levando a discussão sobre o consumismo para o sistema público de ensino. “São temas diretamente relacionados com a formação de valores e as escolas devem incorporá-los em sala de aula, pois depois da família, são o segundo lugar definidor de socialização da criança, onde sua subjetividade e sua visão crítica são formadas”, destaca Isabella Henriques, diretora de Advocacy do Instituto Alana, que atua em parceria com o PNUMA para a realização do EcoAtivos.
De fato, a questão ambiental está na origem da problemática do consumo excessivo, permitindo aprofundar o questionamento sobre a infinidade de produtos consumidos a partir dos recursos da natureza. “E nossa conversa se dá diretamente com os educadores das escolas, para que avaliem a melhor forma de fazer essa interlocução com os jovens”, diz a diretora sobre a metodologia do projeto.
A ideia é levar os conteúdos aos adultos por meio de uma ampla sensibilização inicial, para que cheguem nas crianças e jovens em sala de aula e, num segundo momento, sejam desenvolvidos projetos de atuação prática na comunidade. Neste sentido, a aplicação prática dará a medida do quanto foram despertados para a questão, gerando aprendizado e mobilização. É um objetivo audacioso atingir até 2,5 mil educadores e gestores escolares, que podem atingir centenas de novas pessoas, mas dependendo dos resultados, o projeto pode vir ser replicado em outras cidades.
Segundo Isabella, este é um caminho chave para o programa Criança e Consumo chegar nas escolas e permitir o desenvolvimento de uma leitura crítica das mídias. “Não basta aprender a ler e escrever, é preciso traduzir a informação que chega. Levantar a temática da publicidade é puxar o fio desse novelo que permite ampliar o repertório e o conhecimento do mundo”.